O que aprendi por estar presente no estádio do 7×1

O que aprendi por estar presente no estádio do 7×1

Quando foi anunciado que o Brasil seria sede da copa em 2014, meu marido e eu ficamos eufóricos e fizemos uma promessa: que iríamos aproveitar o evento ao máximo e foi isso que aconteceu quando chegou 2014.

Conseguimos com muita briga ingressos para 3 jogos: Equador x Suíça, Argentina x Irã e saímos quase no tapa para o ingresso de Brasil e Alemanha. Não conseguiria traduzir em palavras a felicidade de quando recebi os tickets com os nossos nomes impressos.

Comecei então a me preparar para esse jogo alguns dias antes. Separei todas as músicas que a torcida cantava e ensaiei com minha filha. Compramos camisetas com as nossas cores, fiz uma pesquisa da história de todas as Copas do Mundo para ser o nosso assunto durante toda a viagem até Belo Horizonte.

Chegou o tão esperado dia 8 de julho. Era uma terça-feira, acordamos super cedo, bem antes do amanhecer, mas ninguém reclamou. Aliás, sentíamos os nossos corações batendo diferente, uma mescla de ansiedade misturada ao sentimento de estar se preparando para um dia histórico (uma semifinal de copa do mundo é sempre histórica independe do resultado) e alegria.

A viagem foi muito divertida, pois cantamos todas as músicas que já estávamos ensaiando há vários dias, conversamos sobre as minhas descobertas sobre todas as copas do mundo e nos emocionamos quando passamos pela estátua gigante do Pelé em Três Corações e cantamos em sua homenagem “Sou Brasileiro com muito orgulho e com muito amor”.

Em todas as paradas que fizemos no caminho, encontramos muitos torcedores animados como nós, que puxavam as cantorias da torcida e a parada rápida virava uma festa.

A chegada ao estádio foi uma loucura, uma multidão verde e amarela, gente querendo comprar os ingressos de quem tinha a qualquer custo, pessoas distribuindo máscaras com o rosto do Neymar, que não jogaria aquele jogo, tinha também a distribuição das músicas da torcida para garantir que todos pudessem participar daquela festa.

Ao entrar no Mineirão, senti o calor da torcida que fazia um barulho ensurdecedor, que conseguiu ser maior ainda quando David Luís entrou no campo abrindo os braços para a torcida. Nessa hora pensei: é hoje que vamos ganhar.

Nada supera a emoção de cantar o Hino Nacional com outros 58 mil brasileiros, senti meu corpo se arrepiar todo e sem perceber meus olhos estavam marejados de lágrimas de emoção.

Começa então o jogo e logo vem o primeiro gol da Alemanha, depois outro e outro e você já sabe o final da história.

O que eu aprendi nesse dia? Que apesar de ter ficado chocada com o resultado, nós fomos felizes. A felicidade estava em todo o processo, preparação e em aproveitar cada momento. O resultado do jogo só era uma das coisas, diante de tantas outras, que fizeram aquele dia ser muito feliz. Então diante de um resultado ruim, avalie o todo e tenho certeza que você irá encontrar algo para comemorar também.