De Mãe para Filha: O Último Primeiro Dia e as Memórias de Uma Jornada

26 de agosto de 2024 - Categoria: Artigos

 

Enquanto almoçávamos, eu e meu marido nos demos conta de que hoje é um dia especial: é o último primeiro dia de universidade da nossa filha. Por um instante, um filme passou pela minha cabeça, cheio de memórias e emoções.

Lembrei do primeiro dia de aula dela no Colégio São José e de como ela já era destemida. Enquanto todas as crianças choravam ao se despedirem de suas mães, ela simplesmente olhou para mim e disse: “Tchau, mamãe, te vejo mais tarde.” Naquele momento, eu não fazia ideia de quantos primeiros dias e primeiras vezes iríamos viver juntas. Foram muitas, e em cada uma delas havia uma mãe e um pai com o coração apertado, desejando que tudo desse certo para que nossa filha estivesse feliz.

Houve muitas primeiras vezes. Lembro da primeira aula de balé, quando nossa família inteira estava cheia de esperança de que a Isa se tornasse a bailarina que nem eu nem minha irmã fomos. O primeiro dia foi emocionante. Ainda me recordo da minha mãe colocando o collant e a saia de balé na Isa, enquanto minha avó Nina fazia um belo coque em seu cabelo. Fomos cheias de expectativas, mas essa esperança durou pouco. No final da aula, Isa saiu da sala descabelada e disse que não gostou do balé. Foi nesse momento que entendemos: o balé não era para as Osti.

Teve também a primeira vez no hipismo. Durante minha infância, sempre houve cavalos na casa da minha avó Nina, uma paixão herdada do meu avô Ovídio. Quando ele virou estrelinha, decidimos colocar a Isa nas aulas de equitação. No primeiro dia, estávamos lá, torcendo para que ela gostasse. Lembro da nossa felicidade ao ver que ela tinha jeito, e ela praticou hipismo por um bom tempo, até que a agenda apertada fez com que ela decidisse dedicar seu tempo a outras atividades.

Isa teve muitas primeiras vezes, e em todas elas, sempre foi incentivada a dar o seu melhor. Em todas, ela foi bem-sucedida, porque nessa fase da vida o que mais importa é a experiência e a construção de repertório. Posso garantir que ela aprendeu muito com cada uma dessas atividades.

Agora, ao vivermos o primeiro dia do seu último ano na universidade, meu coração se enche de gratidão. Gratidão por termos caminhado juntas até aqui, por termos superado todos os primeiros dias e por sabermos que muitos outros ainda virão. E, em cada um deles, estaremos sempre torcendo por ela.

 

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